Era final da tarde e estava passando Castelo Rá Tim Bum, que ela adora, principalmente o ratinho, e mesmo quando tocava as musiquinhas ela me empurrava para ir com ela na sala. Se eu ia, mas voltava, assim que ela percebia já vinha correndo para a cozinha e falava: Vem, mamãe, vem...Foi quando percebi que era medo.
Sou totalmente e radicamente contra por medo em criança. Sabe a aquela frase: "Não vai ai senão a barata de pega" ou "Vou chamar o bicho para te pegar". Odeio isto.
Não faço com ela e não deixo os outros fazerem...A criança tem que entender que não pode algumas coisas porque não pode, não por medo.
Entretanto, não sei se é normal ela criar este medo sozinha, ou é por alguma brincadeira, tipo esconde e esconde, que ela brincou com o priminho e ficou meio assustada.
Espero que passe.
Fiquei com ela, conversamos e brincamos, acho que melhorou... Vou observar.
Pesquisando sobre o assunto achei este texto no site Guia do Bêbe:
Você tem medo do quê?
Medo de fantasmas, de bruxas, do escuro. São esses, entre outros medos e pavores, que surgem na imaginação das crianças e que fazem com que suas noites se tornem um pesadelo. Mas tais medos são normais na fase infantil, pois a criança possui uma imaginação muito forte que faz com que tudo que aprenda ou descubra torne-se real.
Os primeiros sinais de sustos e medos começam por volta dos 7 ou 8 meses, quando os bebês costumam estranhar ambientes e pessoas com as quais não estão acostumados. Já com 2 anos é comum a criança ter medo de ser abandonada pelos pais.
Mas é a partir dos 3 anos de idade, quando sua imaginação está a todo vapor, que aparecem os medos mais intensos e abstratos, como do escuro, de bruxas, fantasmas, monstros e bichos papões. Como resultado do pensamento mágico típico desta idade, todos os tipos de medos tornam-se reais e lógicos na mente da criança.
Freqüentemente os pais ficam confusos e não sabem como lidar com esta situação. Uma boa maneira de auxiliar a criança a vencer seu medo consiste em fazê-la participar da procura de métodos práticos de lidar com a experiência assustadora.
Às vezes, o simples fato de manter acesa uma luz fraca no quarto durante a noite é suficiente para assegurá-la de que não há monstros espreitando no escuro. Outra forma consiste em mostrar o objeto que traz medo à criança numa situação em que ela sinta-se segura. Este tipo de exposição a um modelo, ou seja, a demonstração de que outros não têm medo, pode ser um método efetivo.
A cumplicidade também é um método eficaz: os pais podem ajudar seus filhotes contando que também tinham medos quando eram pequenos. E até mesmo reconhecer que ainda hoje tem alguns medos.
O medo faz parte da vida da criança, embora ela ainda não tenha condições emocionais para enfrentá-lo. Por esta razão, todos os medos de seu filho, alguns absurdos, outros nem tanto, merecem o maior respeito. De nada adianta o adulto fingir que não notou. E nem insistir em dizer que não tem bicho nenhum atrás da cortina ou que fantasmas não existem.
Conversar com a criança sobre o assunto, levá-la a revelar - no meio de uma historinha, por exemplo - o que a deixa assustada, isto sim, pode ajudar bastante. O simples fato de poder compartilhar com alguém querido qualquer experiência vivida traz alívio aos pequeninos. Deixe a criança falar, dividir o peso de suas angústias. Afinal, até os bebês, algumas vezes, se sentem amedrontados, tensos ou angustiados.
Rafaela Rosas
Adorei o post... e concordo, fingir que não notou é não dar atenção a sua criança, não é?
ResponderExcluirAh, tem um selinho prá vc lá no blog!!!!!!
Beijoka