sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Medo

Ontem reparei que a Pinguinho estava com medo de ficar sozinha na sala. Sendo que ela sempre fica enquanto eu estou na cozinha. Na verdade ela não fica sozinha, mas andando de um cômodo para o outro, mas ontem não.
Era final da tarde e estava passando Castelo Rá Tim Bum, que ela adora, principalmente o ratinho, e mesmo quando tocava as musiquinhas ela me empurrava para ir com ela na sala. Se eu ia, mas voltava, assim que ela percebia já vinha correndo para a cozinha e falava: Vem, mamãe, vem...Foi quando percebi que era medo.

Sou totalmente e radicamente contra por medo em criança. Sabe a aquela frase: "Não vai ai senão a barata de pega"  ou "Vou chamar o bicho para te pegar". Odeio isto.
Não faço com ela e não deixo os outros fazerem...A criança tem que entender que não pode algumas coisas porque não pode, não por medo.
Entretanto, não sei se é normal ela criar este medo sozinha, ou é por alguma brincadeira, tipo esconde e esconde, que ela brincou com o priminho e ficou meio assustada.

Espero que passe.
Fiquei com ela, conversamos e brincamos, acho que melhorou... Vou observar.

Pesquisando sobre o assunto achei este texto no site Guia do Bêbe:


Você tem medo do quê?
Medo de fantasmas, de bruxas, do escuro. São esses, entre outros medos e pavores, que surgem na imaginação das crianças e que fazem com que suas noites se tornem um pesadelo. Mas tais medos são normais na fase infantil, pois a criança possui uma imaginação muito forte que faz com que tudo que aprenda ou descubra torne-se real.
Os primeiros sinais de sustos e medos começam por volta dos 7 ou 8 meses, quando os bebês costumam estranhar ambientes e pessoas com as quais não estão acostumados. Já com 2 anos é comum a criança ter medo de ser abandonada pelos pais.
Mas é a partir dos 3 anos de idade, quando sua imaginação está a todo vapor, que aparecem os medos mais intensos e abstratos, como do escuro, de bruxas, fantasmas, monstros e bichos papões. Como resultado do pensamento mágico típico desta idade, todos os tipos de medos tornam-se reais e lógicos na mente da criança.
Freqüentemente os pais ficam confusos e não sabem como lidar com esta situação. Uma boa maneira de auxiliar a criança a vencer seu medo consiste em fazê-la participar da procura de métodos práticos de lidar com a experiência assustadora.
Às vezes, o simples fato de manter acesa uma luz fraca no quarto durante a noite é suficiente para assegurá-la de que não há monstros espreitando no escuro. Outra forma consiste em mostrar o objeto que traz medo à criança numa situação em que ela sinta-se segura. Este tipo de exposição a um modelo, ou seja, a demonstração de que outros não têm medo, pode ser um método efetivo.
A cumplicidade também é um método eficaz: os pais podem ajudar seus filhotes contando que também tinham medos quando eram pequenos. E até mesmo reconhecer que ainda hoje tem alguns medos.
O medo faz parte da vida da criança, embora ela ainda não tenha condições emocionais para enfrentá-lo. Por esta razão, todos os medos de seu filho, alguns absurdos, outros nem tanto, merecem o maior respeito. De nada adianta o adulto fingir que não notou. E nem insistir em dizer que não tem bicho nenhum atrás da cortina ou que fantasmas não existem.
Conversar com a criança sobre o assunto, levá-la a revelar - no meio de uma historinha, por exemplo - o que a deixa assustada, isto sim, pode ajudar bastante. O simples fato de poder compartilhar com alguém querido qualquer experiência vivida traz alívio aos pequeninos. Deixe a criança falar, dividir o peso de suas angústias. Afinal, até os bebês, algumas vezes, se sentem amedrontados, tensos ou angustiados. 

Rafaela Rosas

Um comentário:

  1. Adorei o post... e concordo, fingir que não notou é não dar atenção a sua criança, não é?

    Ah, tem um selinho prá vc lá no blog!!!!!!

    Beijoka

    ResponderExcluir

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Beijinhos

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