sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Consumismo infantil.

Sempre fui contra este consumismo desenfreado, principalmente com coisinhas para crianças.

Minha mãe conta, que quando eu era pequena, sempre falava assim, quando queria algum brinquedo: "Mãe, quando você puder, você compra?" E tenho certeza que ela e meu pai faziam a coisa certa, por mais que eles pudessem comprar na hora o que eu queria, me ensinaram que não devia ser assim.

Gostaria muito que minha filha também, quando ficar maior, pensa-se desta maneira. Ainda ela é pequena, esta começando a pedir as coisas, e até hoje, nunca fez birra para nada que ela pegou e eu devolvi. Ainda não tem noção de consumismo, comprar, etc.


Na verdade estou falando deste assunto, por causa da promoção da Bauducco, Bichinhos dos Sonhos.
Logo que vi a propaganda, amei (eu, heim... a mamãe) e queria comprar todos para ela. Como tinha uns produtos em casa, fui ao posto de troca para pegar dois.
Depois de dois dias, e bichinhos esgotados, conseguimos: ela escolheu o leão e eu o hipopótamo.

Realmente são fofissímos, a Pinguinho adorou. Meu marido até comentou que podiamos pegar mais, fazer a coleção (são 6 ao todo - sendo necessário para a troca, 5 produtos Bauducco + R$9,90 para cada), mas fiquei pensando:
Será necessário?? Ela já está tão feliz com o liao e o pôpo
Sua felicidade será maior com os 6 bichinhos ou com seus pais brincando junto com ela com os dois que ela tem???

Não vejo mal algum, dos pais comprarem o que querem e podem para seus filhos. Também amo comprar coisas, seja o que for, para a minha.
Só não gostaria que ela crescesse pensando que, se ela não tiver toda a coleção dos brindes do Mcdonalds, ou da Moranguinho, ou o celular de ultima geração, ou as calças da M.Officer, ela será menos feliz!

Como ensinar valores não materiais em um mundo consumista e materialista????



Consumismo Infantil: Como lidar com esse invasor?
Vivenciamos hoje crianças que conhecem mais do que qualquer adulto as melhores marcas, que brigam choram e fazem chantagem emocional com seus pais para conseguir aquele brinquedo que ainda nem foi lançado, mas que já está sendo vendido na internet. 
A mídia entra em nossa casa sem pedir licença e contamina a garotada.
De acordo com estudos, bastam trinta segundos para uma marca influenciar uma criança. É exatamente por conta dessa facilidade, que a publicidade vem caprichando para acertar os seus pequeninos alvos.
Saber a marca do celular que ele quer, ou o nome da boneca que acabou de ser lançada, é mais fácil do que distinguir o tipo de legumes, frutas ou animais que moram no campo.  
Alguns pais colaboram, adquirindo os produtos sem necessidade real, fazendo com que seus filhos cresçam percebendo que o certo é ter uma roupa de marca e estar sempre fazendo parte da moda.  
A família que não sabe dizer não mediante a influencia da propaganda, está diante de um grande problema. O consumo está se tornando uma doença a ponto de presenciarmos famílias que não tem o que comer, mas tem telefone celular, computador, carro, enfim... É uma situação muito complicada. A criança não nasce consumidora, ela simplesmente vai adquirindo hábitos através das informações obtidas pela mídia e acatada pela família.
A mídia é um fator importantíssimo na construção da subjetividade, da própria identidade e dos valores pessoais. O problema é lutar contra quem está presente diariamente na vida das crianças.  A maior parte dos pais não consegue conversar com os filhos tanto quanto esse gama de informações que ele recebe através da televisão e de outros canais de comunicação. A criança brasileira é a que mais assiste TV no mundo, de acordo com o IBGE. 
Crianças que criam o hábito de consumir desenfreadamente e inconsequentemente, criam valores distorcidos num mundo onde o lema é adquirir e descartar. Indivíduos conscientes e responsáveis são a base de uma sociedade mais justa e fraterna.
Sendo assim, cabe aos pais ficarem firmes e ter a conscientização de que presentear não significa amar. Muitas vezes, alguns minutos de carinho e conversa com seu filho, vale mais do que qualquer presente do mundo.
Edna Paixão.
 Pedagoga, Psicopedagoga, Administradora Escolar, 
Fundadora e Diretora do Centro Educacional André Luiz.

4 comentários:

  1. Oi Ju,

    Primeiro que eu nãoacho que isso seja promoção, pois se compra 5 produtos e ainda dá dinheiro, na verdade nós estamos comprando o bichinho né? Mas ok, vamos dar 1 pra criança, mas pra temos que completar a coleção? Pra ficar pegando pó após o surgimento da próxima? Eu tbm sou super contra o consumismo, nunca tive nada na infância e isso me fez perceber que as crinças não morrem se não tiverem uma barbie ou um carrinho de controle remoto que passa na TV. Acho que 99% dos brinquedos do Rafa foram presentes, sou a favor de dar somente no niver , natal e dia das crianças, não fora de hora...bom, eu penso assim....é bom saber que v´c tbm está ligada nesse assunto...bjs...Tenho certeza que a Fê vai entender se vc começar ensinando desde agora.

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  2. Isso é um assunto muito sério. Confesso que eu tenho um pouco de dificuldade nesse assunto. Não compro roupa de marcas nem pra mim, nunca comprei, não cresci com esse tipo de mentalidade. Mas em relação a minha filha, sinto uma tentação tremenda por brinquedos. Nem posso comprar toda hora, não é isso. É engraçado que eu não tenho essa necessidade de comprar coisas pra mim, e nem é por propagando, pois aqui quase só vemos telejornal e a Clara só vê DVD, justamente para fugir de propagandas e para que eu mesma escolha o que ela pode ou não ver na TV. Ainda assim, com tanta oferta de brinquedos diferentes, a gente fica meio tentado a oferecer mais e mais. E vc tem razão em tudo o que escreveu o no texto que postou. Eles não precisam de brinquedos demais, precisam muito mais da nossa atenção, carinho e amor.
    Adorei o post.
    Beijo!

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  3. Acredito que quanto mais as crianças crescem, mais difícil deve ser passar para elas o valor correto das coisas.
    Você está no caminho certo, se ela está feliz com os 2 bichinhos, tudo ok, não é?
    A questão é o que faremos se um dia eles quiserem todos?
    Beijo Enorme

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  4. Muito legal seu post! É sempre bom fazer aqueles questionamentos que vc fez.
    Aqui em casa tenho dificuldade em duas coisas: livros e carrinhos da hotwheels. Não consigo me controlar (ainda) e acabo sempre comprando.
    De resto estamos sempre sinalizando que agora não pode, que ele já tem, que não precisa, essas coisas...
    O Lucas está na fase de querer tudo o que vê na televisão. E aí a gente vai explicando...
    Outra coisa legal é fazer uma troca-troca de brinquedos. Aqui em casa ele ganha muitos presentes de outras pessoas (avós principalmente), então, vira e mexe fizemos uma seleção e passamos os brinquedos adiante. O legal é que ele participa, e sabe se desapegar. Entrega os brinquedos à outras crianças e eu acho isso o máximo!
    Geralmente isso acontece depois dos anivers, dia da criança e natal.

    É preciso ensinar desde cedo, neh?! E dar o exemplo, como no meu caso ;)

    Beijoquinhas e um ótimo domingo pra vcs!!!
    Ju

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Adoro comentarios!
Fique a vontade!
Beijinhos

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